segunda-feira, 24 de março de 2008

O exemplo da Sãozinha...


A verdadeira penitência agradável a Deus é um coração puro, a prática do bem, uma vida com mais amor.
Quanto à caridade, para que a mão direita não saiba o que a esquerda faz, mas para que toda dádiva seja generosa e de mãos cheias.
E dar não é necessáriamente dar dinheiro mas também pode ser uma prática de lágrimas enxugadas, feridos socorridos, caídos erguidos, órfãos e viúvas amparados, famintos saciados, pão repartido, vida doada...

Parece ser isso que a Sãozinha nos segreda no coração.

Quando perguntei às Irmãs como podia ajudar elas pediram, essencialmente, géneros alimenticios para lanches e artigos de higiene pessoal mas cada qual pode seguir o exemplo da Sãozinha como achar melhor.
Está em fase de projecto o alargamento da assistência também aos idosos, com a construção de um Centro de Dia, para já.
Mas isso só será possivel com muitas ajudas e muito boa vontade.

Deixo aqui o contacto do Lar da Sãozinha na Abrigada, caso resolvam ajudar de alguma forma esta obra que toca profundamente o nosso coração:

Instituto da Sãozinha
Largo da Sãozinha, Aprt.1
2584-905 Abrigada
Telefone: 263 799 175
Fax: 263 790 139

Horário de Funcionamento das 9H às 12H e das 14H às 18H

Espalhando o Amor...


Assim como a Sãozinha passou por este mundo espalhando o Amor e a Caridade Cristã, também a associação que apoia o Lar da Sãozinha, não só na Abrigada mas em vários outros locais, se dedica a seguir o exemplo desta menina que deixou nos corações dos homens uma enorme mensagem de amor ao próximo.

Na fachada interior do Lar da Sãozinha, na Abrigada, ao cimo das escadas até parece que ela nos chama e nos pede ajuda.

Sãozinha, uma menina simples...


Sãozinha foi uma menina simples, pura e muito caridosa.
Oriunda de familias ilustres e abastadas sempre se fez notar pela sua delicadeza, pudor e extrema religiosidade.
O seu amor a Jesus, Nossa Senhora e Santa Terezinha foi uma constante ao longo da sua vida e manifestou-se desde muito novinha.
Até quando a familia ía a banhos para a Praia de Santa Cruz, como na foto que aqui vos deixo, a Sãozinha embora fosse uma criança alegre, tinha sempre uma extrema preocupação para que, com a sua conduta, não desagradasse a Jesus.

O Lar da Sãozinha...


Actualmente, o Lar da Sãozinha da Abrigada dá abrigo a cerca de 40 raparigas que ali encontram o tecto, alimentação e formação que as familias não podem dar.
A maioria são orfãs e encontram no Lar da Sãozinha a familia que não têm e o amor de que necessitam e a que têm direito.
As Irmãs que lhes dão apoio tentam seguir o exemplo da Sãozinha que se compadecia pelos necessitados em especial, pelas crianças e velhinhos.

O Lar da Sãozinha está aberto para quem o queira visitar e podemos ver, inclusivé, o quarto da Sãozinha.
É um quarto simples como simples era aquela santa menina, embora oriunda de familias ilustres e abastadas.

O Lar da Sãozinha...


Pouco tempo após a morte da Sãozinha, foi formado o Instituto de Beneficência Maria Conceição Pimentel, vulgarmente chamado de Lar da Sãozinha e que actualmente funciona em vários locais de Portugal mas teve o seu inicio na própria casa da Sãozinha, em Abrigada.

Processo de Beatificação da Sãozinha...


O passo seguinte é demonstrar o suposto milagre.
Os postuladores devem escolher um caso e demonstrar que a intervenção do candidato foi fundamental. O milagre mostra que ele está ao lado de Deus e pode interceder a favor de seus fiéis. A maioria dos supostos milagres são curas.
Para levar à beatificação, a cura deve ser instantânea, perfeita, duradoura e não explicável cientificamente. Depois de médicos do país emitirem pareceres, há uma consulta no Vaticano, da qual participam em geral cinco médicos.
Reconhecido o milagre pela Congregação Ordinária de Cardeais e Bispos, o papa decreta o candidato beato.
Um beato pode ser objeto de culto público em locais determinados.

A fase seguinte é a demonstração de mais um milagre realizado após a beatificação.
O processo obedece às fases do suposto milagre anterior.
Se aprovado, o papa edita o decreto de canonização.
O agora santo pode ser cultuado em todo o planeta.

Fonte: Patriarcado de Lisboa

Processo de Beatificação da Sãozinha...


O processo para a beatificação da Sãozinha encontra-se a decorrer desde 1994.











O 1º.passo de um processo de beatificação:
A canonização, processo que leva alguém a ser considerado santo, é burocratizada e pode levar décadas.
O candidato deve provar virtudes heróicas e poder para conceder graças (milagres).
O sucesso da causa depende da dedicação do postulador, "advogado" do candidato.
Ele deve documentar o processo, buscar testemunhos e demonstrar supostos milagres.
O candidato que vence etapas do processo muda de"status".
No começo, é um servo de Deus. Depois, venerável, quando o papa reconhece virtudes heróicas, passa a beato quando se reconhece que realizou um milagre e, enfim, santo quando um novo milagre é reconhecido.

Começa na diocese em que o candidato realizou sua principal obra.
São reunidos escritos do candidato e documentos sobre sua vida e testemunhos de pessoas que receberam graças e que eventualmente conviveram com ele.
O processo vai para a Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Lá, passa por três comissões (Histórica, dos Consultores Teólogos e Congregação de Cardeais e Bispos).
Aprovado, segue para o papa, que edita decreto reconhecendo que o candidato é venerável (exerceu em grau heróico as virtudes de fé, esperança, caridade, prudência, justiça, temperança e fortaleza).

Fonte: Patriarcado de Lisboa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sãozinha - A Florzinha da Abrigada


Maria da Conceição Ferrão de Pimentel, conhecida pelo nome de Sãozinha, nasceu em Coimbra, no dia 1 de Fevereiro de 1923.
Menina rica, filha única, bonita, aluna distinta, condecorada com muitas medalhas pelos seus triunfos escolares, piedosa, pura como um anjo, sofria uma grande tristeza : seu pai, médico distinto, não praticava a religião.
Quanto sacrifícios e orações ofereceu pela sua conversão a filha querida!

Sobretudo no Natal e Páscoa pedia e esperava tão grande graça.
No Natal de 1939, o último que passou na terra, desabafa com a mãe : “Ainda não foi desta que o paizinho recebeu Nosso Senhor e eu estava tão cheia de esperança, e nem sequer foi beijar o Menino Jesus como os outros !”
Para arrancar ao Céu tão grande graça faz o maior de todos os sacrifícios : oferece a sua vida pela conversão do Pai. Aceitou o Senhor a heróica oferta. Depois de dois meses de atroz sofrimento, morre aos 17 anos de idade em Lisboa, aos 6 de Junho de 1940.
Esmagado pela dor, continuava empedernido seu pai, até que chegou o dia da graça.
“Aprouve a Deus ― escreve o Doutor Alfredo Pimentel ― que a missa do 30° dia, em sufrágio de alma da Sãozinha fosse rezada, justamente na igreja de São Francisco, em Alenquer, onde ela fizera a sua Primeira Comunhão, no dia mais feliz da sua vida. Ali, depois de evocar, com o coração retalhado de saudade, a doce figura da minha filha, as suas virtudes heróicas, a sua candura e simplicidade, toda a sua vida de amor e abnegação, revi, com a alma repassada de amargura, todo o meu passado de indiferença religiosa e compreendi que, para além da vida terrena, outra vida, mais perfeita e mais bela, nos espera no seio de Deus.
Então, quase instintivamente, abeirei-me do confessionário e fiz com humildade a minha confissão aos pés do confessor, preparando-me assim para receber comovidamente a Sagrada Comunhão. Sãozinha, a minha querida Filha, acabava de ver realizado o que tão ardentemente pedia ao Senhor ! Desde então procuro, com a graça de Deus, cumprir todos os meus deveres de cristão”.

Fonte: Patriarcado de Lisboa